sábado, 18 de fevereiro de 2012

A escolha do pediatra


Quem vai cuidar da saúde do seu filho? Essa é uma dúvida que pode ser esclarecida antes mesmo da criança nascer. Você pode visitar alguns médicos simplesmente para bater um papo e ter uma ideia de como será o futuro. Não que seja obrigatório, mas essa atitude pode ajudar a formar um vínculo de confiança entre vocês. No entanto, você vai saber se a escolha que fez foi a mais correta somente quando as consultas começarem. Abaixo, confira 10 dicas que vão te ajudar na escolha do profissional.


1- Empatia

Tem de acontecer na primeira consulta. Significa sentir que o médico entra em sintonia com você no seu novo papel de mãe. Um sinal negativo é ele se fixar apenas em perguntas sobre o histórico de doenças na família e no exame do bebê. Um positivo é ele também querer saber da sua gravidez, do parto, sobre o ambiente em que vive o bebê, os primeiros dias com ele em casa e como anda a amamentação.

2- Tempo da consulta

A primeira costuma ser mais demorada que as demais, mas o importante é o pediatra sempre demonstrar interesse pela criança. Não só quanto ao aspecto clínico. Como regra, lembre-se de que uma consulta de qualidade leva tempo para ser feita. O bom médico situa a mãe sobre a fase do desenvolvimento em que está o bebê e antecipa futuros comportamentos.

3- Disponibilidade

Poder encontrar o médico a qualquer hora e em qualquer lugar com certeza deixa os pais mais tranqüilos, mas é preciso contar com o imprevisto – seu pediatra deve ter um profissional de confiança para substituí-lo se for necessário.


4- Rapidez no retorno

Ela reflete a atenção do médico com o paciente e é importantíssima em uma situação de emergência. Só que nem sempre é possível ter um retorno imediato. Uma boa política para você se entender com o pediatra nessa questão é deixar recados claros e objetivos para que ele avalie a urgência do caso.

5- Atrasos na consulta

Não pode ser regra nem por sua parte nem pelo médico, porque o tempo de tolerância de espera da criança é pequeno. Para evitar transtornos, o ideal é você e o pediatra avisarem um ao outro de atrasos e, se preciso, desmarcarem a consulta.

6- Sem dúvidas

Não dá para ir embora do consultório sem entender tudo direitinho. Você pode – e deve – perguntar até se sentir esclarecida. Não tenha medo de pedir explicações. Um profissional impaciente não é o melhor parceiro nesse caso. Nem aquele que se mostra ofendido se você anuncia que prefere ter uma segunda opinião em determinada situação.

7- Segurança

Alguns pais questionam se é melhor o pediatra ter filhos, por achar que seus anseios serão mais bem compreendidos. Outros têm receio do médico jovem, com pouca experiência, ou do muito idoso, pelo risco de não ser atualizado. A indicação de amigos ajuda a tirar essas dúvidas, mas o importante é você se sentir segura.

8- Consultório

Na sala de espera do médico é importante ter brinquedos. Primeiro para distrair a criança, depois porque o profissional pode usar os brinquedos para observar como ela se comporta.

9- Você acertou

Se seu filho está saudável, vai bem na escola e em casa, esse é um bom indício de que ele está com o médico certo.



10- Insegura com a escolha?

Se você ainda tem dúvidas sobre o pediatra escolhido, não se preocupe. Mudar de médico é normal e não traz nenhum prejuízo para a saúde do seu filho. Procure o quanto for preciso, converse com outros profissionais e peça mais indicação.

Consultoria: pediatra Jayme Murahovschi, presidente do departamento de Pediatria Ambulatorial da Sociedade Brasileira de Pediatria, e pediatra Sandra de Oliveira Campos, professora do departamento de Pediatria da Universidade Federal de São Paulo.


Por Raquel Sbrissa