quarta-feira, 7 de março de 2012

Compartilhando a vida social e escolar de seu filho

Criança na escolaEstamos vivendo essa fase por aqui.
Diferente do que esperava Sarah não gosta muito de comentar sobre seu dia na escola. Já monitoramos, pesquisamos... está tudo bem, ela somente não fala sobre o assunto.

Abaixo segue matéria interessante sobre a vida escolar dos pequenos...





Quando a criança entra na idade pré-escolar, entre três e seis anos, seu universo torna-se muito maior, com infinitas e profundas transformações.
Surge a possibilidade de contato com crianças da mesma faixa etária, porém com diferenças de raça, credo, valores e costumes. Novos amigos, brincadeiras e aprendizados.
A criança retorna para casa ao fim do período escolar cheia de novidades, boas ou não. De qualquer forma, é um novo ser com novas histórias para contar e vivenciar.
Cabe à família interessar-se pelo que tem a dizer, prestar atenção e ouvir, carinhosa e verdadeiramente, pois a criança é muito esperta e percebe quando o adulto deseja encerrar ou encurtar a conversa. Aos poucos, vai deixando de compartilhar suas experiências.
Após essa fase, ou seja, a partir dos seis anos, ela entra efetivamente na idade escolar. Tem início um período de maior desenvolvimento intelectual e social. É capaz de fazer mais coisas, vai se tornando mais independente e assumindo novas responsabilidades, tais como: fazer a lição de casa, cumprir horas de estudo, alguns trabalhos domésticos, incluindo arrumação e organização de seu próprio quarto.
A cada capacidade conquistada, sente alegria e orgulho de si mesma e, evidentemente, espera o mesmo de sua família para poder validar estes sentimentos de auto-afirmação.
Quando isto não acontece, sua auto-estima despenca terrivelmente. Ela se sente frustrada, depreciada e sem motivação para perseverar e vencer.
De alguma maneira, os adultos responsáveis por ela deveriam refletir sobre o que é fundamental de fato na educação infantil e priorizar, sem cobrança mais tarde. Para a criança de qualquer idade, os cuidados básicos quanto à saúde física, não bastam. Ela necessita se sentir amada, desejada e apoiada. Precisa que os pais estejam presentes não só no lar, mas nas atividades escolares e sociais. Deseja compartilhar sua vida dentro e fora de casa para se sentir pertencente à família, saber e sentir que tem lugar na família e no mundo.
Como seu universo social durante a maior parte do tempo é na escola, esta oferece às crianças atividades intra e extracurriculares, como: feiras de ciência, teatro, esportes, festas comemorativas, palestras para pais e alunos e a criança espera que eles participem e colaborem.
Assim, muitos pais se engajam na Associação de Pais e Mestres, participam de reuniões em que os professores dão retorno sobre o aproveitamento escolar de seus filhos, vão assisti-los em competições esportivas e recreativas. Enfim, há muito o que pensar e contribuir.
Óbvio que a criança não quer pais superprotetores, que não permitam sua independência e exercício de suas capacidades recém-adquiridas, como também não desejam pais alienados, que não sabem e não participam de seu desenvolvimento fora do lar.
Nessa faixa etária, a criança começa a experimentar dormir longe dos pais, seja na casa de familiares ou amiguinhos mais chegados e trazê-los para dormir em sua casa. Assim, os pais também têm que procurar conhecê-los antes e a suas respectivas famílias, até para facilitar a decisão se ele pode ou não dormir fora de casa.
Algumas crianças evitam participar de eventos nos quais são mais expostas, por timidez, insegurança ou medo de fracasso. Os pais devem ficar atentos e tentar compreender o que se passa, que mensagem estão querendo transmitir e apoiá-los, tentando modificar essas atitudes.
Incentive seu filho a fazer amizades, convidar seus amigos a frequentar sua casa. Promova passeios infantis com interesses próprios da idade e permita que ele escolha um ou dois coleguinhas para acompanhá-los.
Caso não obtenha resultado positivo, peça ajuda ao pedagogo ou psicólogo da escola para uma orientação mais profissional e capacitada.
É fundamental perceber que a comunicação com seu filho deveria se iniciar muito precocemente e se tornar um processo contínuo, um hábito sadio por toda a vida. Não perca a possibilidade de poder dialogar com ele e de compartilhar todos os momentos possíveis e necessários.

Ana Maria Morateli da Silva Rico

sábado, 18 de fevereiro de 2012

A escolha do pediatra


Quem vai cuidar da saúde do seu filho? Essa é uma dúvida que pode ser esclarecida antes mesmo da criança nascer. Você pode visitar alguns médicos simplesmente para bater um papo e ter uma ideia de como será o futuro. Não que seja obrigatório, mas essa atitude pode ajudar a formar um vínculo de confiança entre vocês. No entanto, você vai saber se a escolha que fez foi a mais correta somente quando as consultas começarem. Abaixo, confira 10 dicas que vão te ajudar na escolha do profissional.


1- Empatia

Tem de acontecer na primeira consulta. Significa sentir que o médico entra em sintonia com você no seu novo papel de mãe. Um sinal negativo é ele se fixar apenas em perguntas sobre o histórico de doenças na família e no exame do bebê. Um positivo é ele também querer saber da sua gravidez, do parto, sobre o ambiente em que vive o bebê, os primeiros dias com ele em casa e como anda a amamentação.

2- Tempo da consulta

A primeira costuma ser mais demorada que as demais, mas o importante é o pediatra sempre demonstrar interesse pela criança. Não só quanto ao aspecto clínico. Como regra, lembre-se de que uma consulta de qualidade leva tempo para ser feita. O bom médico situa a mãe sobre a fase do desenvolvimento em que está o bebê e antecipa futuros comportamentos.

3- Disponibilidade

Poder encontrar o médico a qualquer hora e em qualquer lugar com certeza deixa os pais mais tranqüilos, mas é preciso contar com o imprevisto – seu pediatra deve ter um profissional de confiança para substituí-lo se for necessário.


4- Rapidez no retorno

Ela reflete a atenção do médico com o paciente e é importantíssima em uma situação de emergência. Só que nem sempre é possível ter um retorno imediato. Uma boa política para você se entender com o pediatra nessa questão é deixar recados claros e objetivos para que ele avalie a urgência do caso.

5- Atrasos na consulta

Não pode ser regra nem por sua parte nem pelo médico, porque o tempo de tolerância de espera da criança é pequeno. Para evitar transtornos, o ideal é você e o pediatra avisarem um ao outro de atrasos e, se preciso, desmarcarem a consulta.

6- Sem dúvidas

Não dá para ir embora do consultório sem entender tudo direitinho. Você pode – e deve – perguntar até se sentir esclarecida. Não tenha medo de pedir explicações. Um profissional impaciente não é o melhor parceiro nesse caso. Nem aquele que se mostra ofendido se você anuncia que prefere ter uma segunda opinião em determinada situação.

7- Segurança

Alguns pais questionam se é melhor o pediatra ter filhos, por achar que seus anseios serão mais bem compreendidos. Outros têm receio do médico jovem, com pouca experiência, ou do muito idoso, pelo risco de não ser atualizado. A indicação de amigos ajuda a tirar essas dúvidas, mas o importante é você se sentir segura.

8- Consultório

Na sala de espera do médico é importante ter brinquedos. Primeiro para distrair a criança, depois porque o profissional pode usar os brinquedos para observar como ela se comporta.

9- Você acertou

Se seu filho está saudável, vai bem na escola e em casa, esse é um bom indício de que ele está com o médico certo.



10- Insegura com a escolha?

Se você ainda tem dúvidas sobre o pediatra escolhido, não se preocupe. Mudar de médico é normal e não traz nenhum prejuízo para a saúde do seu filho. Procure o quanto for preciso, converse com outros profissionais e peça mais indicação.

Consultoria: pediatra Jayme Murahovschi, presidente do departamento de Pediatria Ambulatorial da Sociedade Brasileira de Pediatria, e pediatra Sandra de Oliveira Campos, professora do departamento de Pediatria da Universidade Federal de São Paulo.


Por Raquel Sbrissa