sábado, 17 de janeiro de 2015

O bebê chora: Como os pais devem reagir?


Por Jan Hunt, Psicóloga Diretora do "The Natural Child Project"

Imagine por um instante que você foi levado por uma nave espacial a um planeta distante, onde está cercado de gigantes estranhos cuja língua você não entende. Dois desses estranhos decidem cuidar de você. Você é totalmente dependente deles para a satisfação de todas as suas necessidades - fome, sede, conforto e - principalmente - para assegurá-lo de que não corre perigo nesse lugar estranho. Imagine então que alguma coisa vai mal - você está com dor, ou com muita sede ou precisando de afeto. Mas os responsáveis ignoram seus gritos de desespero e você não consegue fazê-los compreender de quê você precisa. Agora você tem um problema a mais, pior que o primeiro: sente-se totalmente desamparado e sozinho num mundo estranho.
Com toda a inocência, o bebê parte do pressuposto de que nós, seus pais, estamos certos - e que fazemos tudo o que deveríamos fazer. Se não fizermos nada, o bebê só pode concluir que não é amado porquê não merece nosso amor. Ele não é capaz de entender que nós estamos ocupados, distraídos, preocupados, mal orientados por "especialistas", ou que simplesmente somos pais inexperientes. Não importa o quanto amamos nosso bebê, o que ele entende são as manifestações externas desse amor. 
Ninguém gosta que sua comunicação seja ignorada. Ser ignorado desperta sentimentos de desamparo e raiva que inevitavelmente prejudicam o relacionamento. Todos os adultos sentem isso e não há porquê imaginar que seja diferente combebês e crianças. Pouca gente ignoraria um adulto que repetisse: "Você poderia me ajudar? Não estou me sentindo bem." Ignorar esse pedido seria considerado bem pouco gentil. Mas um bebê não pode falar assim; ele só pode chorar e chorar até que alguém o atenda - ou até desistir, desesperado.
A reação imediata ao choro de uma criança não foi questionada durante milênios, até nossos dias. Em nossa cultura, assumimos que o choro do bebê é normal e inevitável. Mas em sociedades naturais onde os bebês são carregados junto aos adultos na maior parte do dia e da noite durante seus primeiros meses de vida, o choro é incomum. Ao contrário do que se acredita em nossa sociedade, bebês tratados assim tornam-se auto-suficientes mais cedo do que os bebês que não recebem esses cuidados.
Na verdade as pesquisas sobre as primeiras experiências da infância mostram que as crianças que receberam cuidados mais amorosos nos primeiros anos de vida tornam-se adultos mais amorosos e confiantes. Os bebês obrigados a ser submissos desenvolverm ressentimentos e raiva que podem ser manifestados de forma nociva mais tarde.
Apesar dessas pesquisas, a maioria dos argumentos para se ignorar o choro se baseiam no receio de "estragar com mimos" o bebê. Um livro clássico de cuidados ao bebê adverte os pais a "deixar o bebê lidar com seu problema". Embora a primeira infância seja uma época de desafios para os pais, um bebê é muito novo e inexperiente para "lidar" com a causa de seu choro, seja ela qual for. Ele não pode se alimentar, trocar de roupa ou se confortar do modo que a natureza pede. É evidente que é responsabilidade dos pais preencher as necessidades de alimento, segurança e amor do bebê, e não responsabilidade do bebê preencher as necessidades de paz e sossego dos pais.
A publicação insinua que se os pais derem ao bebê a oportunidade de ser auto-confiante, estão contribuindo para seu amadurecimento. Mas um bebê simplesmente não é capaz dessa maturidade. A maturidade verdadeira reflete uma base sólida de segurança emocional que só pode se desenvolver com amor e apoio dos adultos próximos, nos primeiros anos de vida. 
Uma pessoa imatura só pode reagir ao estresse de modo imaturo. Um bebê a quem se nega seu direito nato de ser reconfortado pelos pais pode se voltar para o recurso ineficaz da auto-estimulação ( bater a cabeça, embalar-se de um lado para o outro, chupar o dedo, etc) e o distanciamento emocional das pessoas. Se suas necessidades forem sempre ignoradas, ele pode decidir que a solidão e o desespero são preferíveis a arriscar-se a sofrer mais frustração e rejeição. Infelizmente, uma vez que ele toma essa decisão ela pode se tornar uma visão definitiva da vida, que leva a uma vida emocional muito pobre. 
Muitos profissionais que lidam com crianças percebem que o incentivo dos pais à auto-satisfação, além da substituição abusiva por objetos materiais - ursinhos que substituem os pais, carrinhos em vez de braços, grades em vez de dormir junto, chupetas em vez de mamar no peito, brinquedos em vez de atenção, caixinhas de música em lugar de vozes, leite em pó em vez de leite materno, cadeira de balanço em lugar do colo - determinaram uma época de consumismo, isolamento pessoal e insatisfação emocional.
Ignorar o choro de uma criança é como usar protetor de ouvidos para evitar o ruído desagradável de um detetor de incêndio. O som de um detetor de incêndio serve para nos alertar sobre um assunto sério que exige uma atitude - o mesmo acontece com o choro do bebê. Como Jean Liedloff escreveu em 'The Continuum Concept', "o choro do bebê é um problema tão sério quanto o seu ruído sugere".
Por mais estressante que seja, o choro da criança não deve ser visto como uma medição de forças entre o pai ou a mãe e o filho, mas como um presente da natureza para assegurar que todos os bebês cresçam com uma capacidade generosa de amor e confiança.

Fonte: http://helenab.tripod.com/jan_hunt/choro.htm

quinta-feira, 6 de março de 2014

Alimentação de bebês

Não devemos tirar da criança o prazer de descobrir como comer, e até o prazer de brincar com a comida.

A criança come por prazer e para satisfazer uma necessidade básica: a  fome. Mas algumas olham para o prato de comida sem demonstrar interesse, como  uma obrigação difícil de cumprir, exigindo da mãe muita inventividade e paciência para fazer com que ela aceite comer   qualquer coisa. Por quê? Porque, em algum momento do seu desenvolvimento normal,   perturbaram a sua satisfação de comer.
Isso pode acontecer de muitos modos.

Bebês raramente recusam  comida e é sempre evidente o prazer que eles têm mamando. A não ser  por doença, bebês têm sempre apetite e  comem prazerosamente. 
O  adulto é que costuma interferir   no hábito  que a criança tem de comer  e beber com prazer, criando   problemas  para a alimentação da criança  pequena.

A falta de apetite (anorexia) ocorre geralmente quando a criança tem   entre 1 e 3 anos. As causas mais freqüentes:
Falta  de percepção da mãe. A criança com 1 ano   tem apetite muito  menor  que o bebê. É uma programação   genética. No primeiro ano de  vida o  bebê triplica de peso. Entre   1 e 2 anos precisa aumentar de  peso  apenas 20% (passa de aproximadamente 10   quilos para 12. Há  meses em  que não aumenta de peso e isso é   normal, mas as mães,  habituadas com  o crescimento do bebê, pensam   logo em doença e  forçam a  alimentação. É   um erro, que pode provocar reação. E quanto  maior for  a insistência   da mãe, mais a criança se sente agredida e  mais vai  reagir, até   recusar-se a comer.
Quando essa mesma criança, na puberdade, precisar comer mais e realmente   passar a fazê-lo, a mãe provavelmente vai criticar.

Quando  a preocupação da mãe é muito grande, alguns   médicos  chegam a  receitar um tônico, um remédio para aumentar   o apetite da  criança. É  um erro, porque a receita vai aumentar   na mãe a  convicção de que a  falta de apetite é uma   doença. De mais a mais,  muitos dos  estimuladores de apetite são   perigosos, provocam  hipoglicemia,  sonolência ou agitação.   Nenhum livro sério de  medicina recomenda  esse tipo de remédio,   mas eles são muito  prescritos e vendidos no  Brasil.
Outro problema é que os resfriados e as gripes são muito  comuns    nesse período, e eles fazem diminuir o apetite. Quando a  criança    fica curada, depois de três a sete dias, ela tem fome acima  do  habitual,   durante alguns dias. É uma compensação, para que ela   recupere   rapidamente o que perdeu, e logo ela volta ao apetite   habitual.

Também é uma fase em que algumas crianças  movimentam-se   pouco,  principalmente as que são extremamente  entregues aos cuidados   da  televisão. A criança nessa idade deve ter a  oportunidade de   viver  ao ar livre, de correr, jogar bola, praticar  exercícios físicos.   Aí  sim ela tem fome. Mas sedentária, sentada  diante da televisão,   não  só vai comer menos como vai querer comer  aquelas coisas anunciadas    na tevê, geralmente as menos interessantes  como alimentação    infantil.

Crianças pequenas, mesmo sem  capacidade de fazer os movimentos  necessários   para recolher a comida  com a colher e leva-la à boca (o  que exige controle   fino dos  movimentos), querem comer sozinhas.  Isso deve ser incentivado, mesmo   que elas façam muita sujeira.  Alimentar-se sem a ajuda do adulto  significa,   em um primeiro  momento, deixar que a criança meta a mão  no prato,   que se lambuze,  que faça sujeira, e poucos adultos tem  paciência   para aturar. Eles  querem que ela coma o que lhe dão na  boca ou que, como   em um  passe  de mágica, aprenda logo a segurar a  colher direitinho e controle    seus movimentos em direção à boca. Mais  ainda: querem que   ela  seja  rápida e que não deixe cair comida.

Comer  sozinha é uma conquista importante para a criança, e não    só do  ponto de vista do desenvolvimento da sua capacidade manual. Comer     pela própria mão é o começo da autonomia, da independência,   da  sua  afirmação como pessoa. E é um prazer. Pois é   exatamente  esse  prazer  que a maioria dos pais nega a seus filhos.

Se a criança é  reprimida, não tem liberdade, e se insistem   em  dar comida na sua  boca, os pais estão tirando também o prazer   e a  aventura de comer.  Se, além disso, a obrigam a comer do que não    gosta, ela não pode  mesmo ter prazer com a refeição e vamos   começar  a ter problemas na  hora da comida porque é bem provável   que,  nesse  caso, se  desinteresse pelo prato e até se recuse a comer,   pelo  menos na hora  em que a mãe quer que coma.

Quando a criança demonstra interesse  e vontade de comer sozinha,  deve   ser incentivada e não ser  reprimida. E se quer comer com as  mãos,   que coma, porque isso dá a  ela muito prazer (como a nós, com  determinados   pratos). Podemos,  gradativamente, ir desencorajando a  criança de comer   com as mãos,  educando-a e fazendo com que ela  entenda que certas coisas   podem e  até devem ser comidas com o uso  das mãos, mas que os talheres   foram  criados para não sujarmos as  mãos.

Cuidado: não insista muito no  assunto limpeza, porque a preocupação    excessiva com a sujeira pode  tirar o prazer que a criança tem ao  comer.   Como escrevia Rubem  Braga, comer manga com garfo e faca,  civilizadamente, não   dá prazer.  "Manga come-se com as mãos, e  quanto mais lambuzada   a boca, maior o  prazer".

Uma criança pequena não pode "comer como gente grande" e a fase da sujeira vai passar, naturalmente, à medida que ela  ganha    controle sobre os movimentos e vê como é que a família se   porta à  mesa. Se ela quer comer sozinha é que já está  intelectualmente  madura para isso. Impedi-la de comer pelos seus  próprios esforços é retardar seu desenvolvimento. E se você não  tem certeza de que  dar  de comer na boca pode tirar o prazer da comida,  faça   a  experiência: espere estar com fome, escolha um prato de que  goste muito  e, na hora de comer, faça com que suas mãos sejam  amarradas e    que alguém lhe dê de comer na boca. Uma grande parte do  prazer   de  comer estará perdido.

Não devemos tirar da criança  o prazer de descobrir como comer,   e  até o prazer de brincar com a  comida. Quando vovó dizia que    "comida não é brinquedo" não tinha a  informação   que temos hoje. A  criança que tem mais liberdade, que faz  mais sujeira,   que brinca  mais, aprende mais cedo a comer direito,  porque praticou mais. E,    não sendo reprimida, não perdeu o prazer de  comer, que é   um dos  maiores prazeres da vida.

Quando não  come, a criança pequena não está apenas   recusando o  alimento. A  comida, para ela, é um símbolo e ela não   quer a comida  porque também  não quer aceitar a tirania, a imposição,   a  limitação,  e quer de  volta o prazer de comer. Se a mãe   insiste, a  criança  aumenta a  resistência e rejeita não só   a comida, mas a  própria mãe.  As mães,  talvez por instinto,   sentem isso; daí a  angústia que  passam quando a  criança   não quer comer ou resiste à  comida.

O pior acontece  quando pais autoritários obrigam a criança a comer, a "engolir  tudo", sob ameaça de castigo e até   de pancada.  Podem resolver o  problema do momento, mas estão criando outros, maiores. Inclusive  porque essa comida não faz bem à criança.   Em  alguns casos ela chega à  vomitar.

Quando a criança percebe que há uma crise, quando os  pais ficam    angustiados e demonstram sua agonia, quando a hora da  comida passa a  ser um   drama familiar, a criança dificilmente vence  essa fase. Ao  contrário,   o problema pode fixar-se perigosamente, até  porque a  criança aprende   a usar a comida como uma arma, como  instrumento  para levar vantagem, criando   uma relação familiar muito  ruim. Assim  como o adulto não   deve chantagear a criança, não deve  dar  oportunidade para que   ela o chantageie.

Ameaças,  castigos, prêmios e promessas, gracinhas e brincadeiras,    tudo serve  para encobrir, para disfarçar o problema, mas não resolve    a  situação. O que resolve é dar liberdade à criança   e, se a  crise já  está instalada, deixar que a criança resolva   por si mesma.  Quando a  criança percebe a ansiedade dos adultos em relação   à  comida, já não  vê o que come como um prazer e passa   a associar  comer com dever, uma  obrigação capaz de levar os adultos   aos papéis  mais ridículos e até  a violência para   fazê-la engolir. É evidente  que isso só traz  prejuízos.

Por outro lado, elogios exagerados à criança que  comeu tudo podem levá-la a imaginar que só será amada se limpar o  prato   todas as  vezes, o que provoca angústia e talvez faça com que  coma   demais,  para ser mais amada.

Quando a inapetência ou a  voracidade tem origem emocional, a  primeira   coisa a fazer é quebrar a  tensão e a angústia que  perturbam   a criança. Nada de drama, de  forçá-la, de castigá-la,    de chantageá-la ou de suborná-la, porque só  vamos agravar   o  problema, um problema que geralmente não existe e  que os adultos é    que criam para as crianças.
Em raros casos a  crise pode chegar a um ponto que impeça a criança    de comer. Aí, só o  atendimento especializado de um psiquiatra    pode resolver o problema  da criança e dos pais.

Há mães que resolvem fortalecer o  alimento, influenciadas  principalmente   pela publicidade. E tome  achocolatado no leite,  sorvetes com cobertura especial   e sucos com  aditivos. Como a  criança gosta dessas coisas e seu apetite   não  aumentou, pode acabar  reduzindo sua alimentação a apenas   isso. É  possível que engorde,  mas vai ficar carente de sais minerais,   de  vitaminas e de outros  elementos nutritivos, evidentemente prejudicada no   seu  desenvolvimento normal.

Outras cuidam de dar  suplementos protéicos e vitaminas, geralmente  misturados   ao leite.  Ou reforçam o leite de vaca com leite em pó. O  resultado   é que, como  defesa do organismo contra o excesso de  proteína,   a criança não vai  suportar comer carne e isso criará  problemas   para ela. Além disso, o  excesso de vitamina pode  intoxicar e tirar o   apetite.
A  hora de comer deve ser tranqüila, sem dramas ou comédias, sem  tensão, bate-boca ou cara feia. Amor, liberdade, respeito ao paladar     e ao prazer de comer, ao direito de aprender e comer sozinha e de   relacionar-se   com a comida, tudo isso ajuda a criança a não ter   problema na   hora das refeições.

Se seu filho está dentro do  padrão de crescimento esperado para   a  sua idade e para a estatura  dos pais, não invente, não se preocupe,    deixe a criança comer em  paz. A criança que não tem doença,   que  tem todos os alimentos à  disposição, filha de pais   baixos, é  baixa e  come menos porque é  assim que está geneticamente   programada. Ela  come pouco porque é  baixa, e não o contrário.   É  diferente da  criança pobre, que come  pouco e que pode ficar   baixa  por conta da  miséria, da falta de  comida e não da programação   genética.

No mais, mesmo  preocupada porque a criança não come, não   aumente  a crise: comer é  uma necessidade básica e o instinto de    sobrevivência da criança é  tão forte que ela normalmente   não corre  perigo e em algum momento  vai se alimentar, assim que estiver   livre  de pressão ou distante dos  pais. Como se dizia antigamente, quem    não come é porque já comeu ou  ainda vai comer.

Denise Donadio Castilho
Fontes:
 http://guiadobebe.uol.com.br/comendo-sozinha/

http://grupovirtualdeamamentacao.blogspot.com.br/2013/09/nao-devemos-tirar-da-crianca-o-prazer.html

quarta-feira, 5 de março de 2014

Introduçao alimentar: baby-led weaning

O que é baby-led weaning?

Baby-led weaning (geralmente abreviada para BLW) significa deixar de lado papinhas e colheres e simplesmente deixar o bebê se alimentar sozinho. Muitos pais inconscientemente escolhem BLW, especialmente com o segundo ou terceiro filho. Bebês adoram copiar os irmãos mais velhos e tentar pegar comida de seus pratos e geralmente ficam mais contentes se deixem que se alimente sozinho

Por que BLW está se tornando tão popular?

Desde a década de 1960 a idade recomendada para a introdução de sólidos passou de três para quatro e, finalmente, para seis meses, mas a forma como se introduz sólidos ainda é direcionada a um bebê de três meses. Pais tradicionalmente apresentam aos seus filhos uma fruta ou legume por vez, evoluindo para comida amassada  e outros pratos contendo pequeno pedaços após vários meses.

Em 2003, o governo do Reino Unido mudou a recomendação de acordo com a Organização Mundial de Saúde sobre a idade para bebês começarem a ingerir sólidos – a recomendação é iniciar aos seis meses. Nessa idade, a maioria dos bebês tem o pescoço firme e conseguem se sentar com apoio. A coordenação motora-visual está suficientemente desenvolvida para que eles consigam pegar a comida.

Apesar do Departamento de Saúde (Ministério da Saúde britânico) recomendar que se comece o processo com comida amassada, ele também recomenda a introdução de finger foods tão logo os pais achem que seu bebê está preparado. Alguns pais consideram seus bebês prontos de imediato (aos seis meses).

Quais os benefícios?

Gill Rapley, uma health visitor* há 25 anos, tem interesse especial em BLW. Ela acredita que bebês que são encorajados a se alimentar sozinhos, com a oferta de uma seleção de alimentos nutritivos, pode facilmente se juntar às refeições da família desde o começo e tem menos probabilidade de recusarem algum alimento quando mais velhos. Ela consideram que muitos problemas de alimentação na infância surgem da falta de vontade ou inabilidade de aceitar alimentos que requerem mastigação, e esses problemas se tornam aparentes quando bebês mudam das papinhas para as comidas de “segundo estágio”, que contém pedaços. Ela também sugere que a indústria de alimentos para bebês põe pressão desnecessária nos pais para introduzir papinhas na dieta dos bebês muito cedo.

Como fazer?

Pais que usaram BLW recomendam alimentos em forma de palito, ou alimentos que tenham cabo, como brócolis cozido. Isto porque bebês pequenos ainda não desenvolveram o movimento de pinça e só conseguem pegar alimentos com a mão toda. Se você quiser tentar BLW, ofereça uma seleção de alimentos nutritivos adequados à idade do seu bebê quando você e sua família estiverem comendo e deixe ele participar. No começo ele provavelmente vai somente brincar com a comida, ou talvez pegue pedaços de comida e comece a chupar. Continue amamentando entre as refeições. Conforme seu bebê for comendo mais sólidos, a quantidade de vezes que ele mama irá naturalmente diminuir.

Meu bebê não vai engasgar?

Pais (particularmente aqueles que introduziram sólidos na forma de papinhas para seus filhos mais velhos) se preocupam sobre a possibilidade do bebê engasgar ou ter ânsia de vômito. Gill Rapley argumenta que desde que o bebê saiba se sentar, o fato de ele conseguir manipular a própria comida e colocá-la no fundo da boca significa que o risco de engasgo é mínimo. Entretanto, é importante lembrar que bebês nunca devem ser deixados sozinhos enquanto comem.

BLW é adequado tanto para bebês amamentados quanto para bebês alimentados com fórmula?

A maior parte dos pais que experimentam BLW amamentaram os filhos e enxergam no BLW uma extensão natural do processo de amamentação. Bebês amamentados geralmente se alimentam em livre demanda e amamentação é um processo ativo, em que os bebês precisam se esforçar, usando a língua e a mandíbula para fazer a pega correta e chegar ao leite eficientemente. Pesquisas mostram que bebês amamentados regulam sua ingestão de calorias conforme suas necessidades. Faz sentido que bebês que regulam quando leite materno eles ingerem também regulem quanta comida consumirão.

Entretanto, não existe qualquer motivo que impeça um bebê alimentado por fórmula de ser introduzido aos sólidos desta forma. Se o seu bebê foi alimentado com leite artificial, você deve oferecer água diversas vezes entre as mamadas e durante as refeições. Bebês alimentados ao seio não necessitam de água porque leite materno é tanto comida quanto bebida.

Quais as desvantagem do BLW?

Nem todas os alimentos podem ser cortados de forma que seja fácil do bebê pegar, então a dieta do seu bebê pode ser limitada, a não ser que você seja muito criativa. Helen Pegg, health visitor do BabyCentre sugere que você inclua pelo menos algumas comidas amassadas no começo da introdução de sólidos. Isso permitirá que seu bebê tenha uma dieta mais variada.

Uma coisa que todos os defensores do BLW concordam é que é um processo muito bagunçado. Sua cozinha vai ficar cheia de comida – invista em uma toalha impermeável para colocar embaixo da cadeira do bebê e aceite a bagunça!

Existe algum motivo para eu não tentar BLW?

Se você tem histórico familiar de alergias, problemas digestivos ou intolerâncias alimentares, ou se seu bebê nasceu prematuro, fale com seu médico antes de começar. Se o seu bebê tem necessidades especiais e não tem habilidade para mastigar ou coordenação motora, talvez ele não consiga se alimentar sozinho, e portanto BLW não seria adequado para ele.

*health visitor: são profissionais da saúde – enfermeiras ou parteiras – treinadas para dar atendimento de saúde primário à bebês e crianças.

*Fonte: Lily Led Weaning
http://lilyled.wordpress.com/2010/05/20/o-que-e-baby-led-weaning-parte-2/

domingo, 26 de janeiro de 2014

A cólica - Por Dr. González

Na fotografia Samuel com 23 dias, há dois dias contorce perninhas e bracinhos e chora aparentando dor... Esse texto trata-se de um velho conhecido, mas que vem bem a calhar no momento. Para todas as mães que como eu fazem malabarismos no momento da cólica, vale a leitura.

Por Kelly Gomes, Sexta, 15 de junho de 2012 às 00:17

A cólica - Por Dr. González
Os bebês ocidentais costumam chorar bastante durante os primeiros meses, o que se conhece como cólica do lactente ou cólica do primeiro trimestre. Cólica é a contração espasmódica e dolorosa de uma víscera oca; há cólicas dos rins, da vesícula e do intestino. Como o lactente não é uma vesícula oca e o primeiro trimestre muito menos, o nome logo de cara não é muito feliz. Chamavam de cólica porque se acreditava que doía a barriga dos bebês; mas isso é impossível saber. A dor não se vê, tem de ser explicada pelo paciente. Quando perguntam a eles: “por que você está chorando?”, os bebês insistem em não responder; quando perguntam novamente anos depois, sempre dizem que não se lembram. Então ninguém sabe se está doendo a barriga, ou a cabeça, ou as costas, ou se é coceira na sola dos pés, ou se o barulho está incomodando, ou simplesmente se estão preocupados com alguma notícia que ouviram no rádio. Por isso, os livros modernos frequentemente evitam a palavra cólica e preferem chamar de choro excessivo na infância. É lógico pensar que nem todos os bebês choram pelo mesmo motivo; alguns talvez sintam dor na barriga, mas outro pode estar com fome, ou frio, ou calor, e outros (provavelmente a maioria) simplesmente precisam de colo.

Tipicamente, o choro acontece sobretudo à tarde, de seis às dez, a hora crítica. Às vezes de oito à meia-noite, às vezes de meia-noite às quatro, e alguns parecem que estão a postos vinte e quatro horas por dia. Costuma começar depois de duas ou três semanas de vida e costuma melhorar por volta dos três meses (mas nem sempre).
Quando a mãe amamenta e o bebê chora de tarde, sempre há alguma alma caridosa que diz: “Claro! De tarde seu leite acaba!”. Mas então, por que os bebês que tomam mamadeira têm cólicas? (a incidência de cólica parece ser a mesma entre os bebês amamentados e os que tomam mamadeira). Por acaso há alguma mãe que prepare uma mamadeira de 150 ml pela manhã e de tarde uma de 90 ml somente para incomodar e para fazer o bebê chorar? Claro que não! As mamadeiras são exatamente iguais, mas o bebê que de manhã dormia mais ou menos tranquilo, à tarde chora sem parar. Não é por fome.

“Então, por que minha filha passa a tarde toda pendurada no peito e por que vejo que meus peitos estão murchos?” Quando um bebê está chorando, a mãe que dá mamadeira pode fazer várias coisas: pegar no colo, embalar, cantar, fazer carinho, colocar a chupeta, dar a mamadeira, deixar chorar (não estou dizendo que seja conveniente ou recomendável deixar chorar, só digo que é uma das coisas que a mãe poderia fazer). A mãe que amamenta pode fazer todas essas coisas (incluindo dar uma mamadeira e deixar chorar), mas, além disso, pode fazer uma exclusiva: dar o peito. A maioria das mães descobrem que dar de mamar é a maneira mais fácil e rápida de acalmar o bebê (em casa chamamos o peito de anestesia), então dão de mamar várias vezes ao longo da tarde. Claro que o peito fica murcho, mas não por falta de leite, mas sim porque todo o leite está na barriga do bebê. O bebê não tem fome alguma, pelo contrário, está entupido de leite.
Se a mãe está feliz em dar de mamar o tempo todo e não sente dor no mamilo (se o bebê pede toda hora e doem os mamilos, é provável que a pega esteja errada), e se o bebê se acalma assim, não há inconveniente. Pode dar de mamar todas as vezes e todo o tempo que quiser. Pode deitar na cama e descansar enquanto o filho mama. Mas claro, se a mãe está cansada, desesperada, farta de tanto amamentar, e se o bebê está engordando bem, não há inconveniente que diga ao pai, à avó ou ao primeiro voluntário que aparecer: “pegue este bebê, leve para passear em outro cômodo ou na rua e volte daqui a duas horas”. Porque se um bebê que mama bem e engorda normalmente mama cinco vezes em duas horas e continua chorando, podemos ter razoavelmente a certeza de que não chora de fome (outra coisa seria um bebê que engorda muito pouco ou que não estava engordando nada até dois dias atrás e agora começa a se recuperar: talvez esse bebê necessite mamar muitíssimas vezes seguidas). E sim, se pedir para alguém levar o bebê para passear, aproveite para descansar e, se possível, dormir. Nada de lavar a louça ou colocar em dia a roupa para passar, pois não adiantaria nada.

Às vezes, acontece de a mãe estar desesperada por passar horas dando de mamar, colo, peito, colo e tudo de novo. Recebe seu marido como se fosse uma cavalaria: “por favor, faça algo com essa menina, pois estou ao ponto de ficar doida”. O papai pega o bebê no colo (não sem certa apreensão, devido às circunstâncias), a menina apoia a cabecinha sobre seu ombro e “plim” pega no sono. Há várias explicações possíveis para esse fenômeno. Dizem que nós homens temos os ombros mais largos, e que se pode dormir melhor neles. Como estava há duas horas dançando, é lógico que a bebê esteja bastante cansada. Talvez precisasse de uma mudança de ares, quer dizer, de colo (e muitas vezes acontece o contrário: o pai não sabe o que fazer e a mãe consegue tranquilizar o bebê em segundos).
Tenho a impressão (mas é somente uma teoria minha, não tenho nenhuma prova) de que em alguns casos o que ocorre é que o bebê também está farto de mamar. Não tem fome, mas não é capaz de repousar a cabeça sobre o ombro de sua mãe e dormir tranqüilo. É como se não conhecesse outra forma de se relacionar com sua mãe a não ser mamando. Talvez se sinta como nós quando nos oferecem nossa sobremesa favorita depois de uma opípara refeição. Não temos como recusar, mas passamos a tarde com indigestão. No colo da mamãe é uma dúvida permanente entre querer e poder; por outro lado, com papai, não há dúvida possível: não tem mamá, então é só dormir.

Minha teoria tem muitos pontos fracos, claro. Para começar, a maior parte dos bebês do mundo estão o dia todo no colo (ou carregados nas costas) de sua mãe e, em geral, descansam tranquilos e quase não choram. Mas talvez esses bebês conheçam uma outra forma de se relacionar com suas mães, sem necessidade de mamar. Em nossa cultura fazemos de tudo para deixar o bebê no berço várias horas por dia; talvez assim lhes passemos a idéia de que só podem estar com a mãe se for para mamar.

Porque o certo é que a cólica do lactente parece ser quase exclusiva da nossa cultura. Alguns a consideram uma doença da nossa civilização, a consequência de dar aos bebês menos contato físico do que necessitam. Em outras sociedades o conceito de cólica é desconhecido. Na Coreia, o Dr. Lee não encontrou nenhum caso de cólica entre 160 lactentes. Com um mês de idade, os bebês coreanos só passavam duas horas por dia sozinhos contra as dezesseis horas dos norteamericanos. Os bebês coreanos passavam o dobro do tempo no colo que os norteamericanos e suas mães atendiam praticamente sempre que choravam. As mães norteamericanas ignoravam deliberadamente o choro de seus filhos em quase a metade das vezes.
No Canadá, Hunziker e Barr demonstraram que se podia prevenir a cólica do lactente recomendando às mães que pegassem seus bebês no colo várias horas por dia. É muito boa idéia levar os bebês pendurados, como fazem a maior parte das mães do mundo. Hoje em dia é possível comprar vários modelos de carregadores de bebês nos quais ele pode ser levado confortavelmente em casa e na rua. Não corra para colocar o bebê no berço assim que ele adormecer; ele gosta de estar com a mamãe, mesmo quando está dormindo. Não espere que o bebê comece a chorar, com duas ou três semanas de vida, para pegá-lo no colo; pode acontecer de ter “passado do ponto” e nem no colo ele se acalmar. Os bebês necessitam de muito contato físico, muito colo, desde o nascimento. Não é conveniente estarem separados de sua mãe, e muito menos sozinhos em outro cômodo. Durante o dia, se o deixar dormindo um pouco em seu bercinho, é melhor que o bercinho esteja na sala; assim ambos (mãe e filho) se sentirão mais seguros e descansarão melhor.
A nossa sociedade custa muito a reconhecer que os bebês precisam de colo, contato, afeto; que precisam da mãe. É preferível qualquer outra explicação: a imaturidade do intestino, o sistema nervoso... Prefere-se pensar que o bebê está doente, que precisa de remédios. Há algumas décadas, as farmácias espanholas vendiam medicamentos para cólicas que continham barbitúricos (se fazia efeito, claro, o bebê caía duro). Outros preferem as ervas e chás, os remédios homeopáticos, as massagens. Todos os tratamentos de que tenho notícia têm algo em comum: tem de tocar no bebê para dá-lo. O bebê está no berço chorando; a mãe o pega no colo, dá camomila e o bebê se cala. Teria seacalmado mesmo sem camomila, com o peito, ou somente com o colo. Se, ao contrário, inventassem um aparelho eletrônico para administrar camomila, ativado pelo som do choro do bebê, uma microcâmera que filmasse o berço, um administrador que identificasse a boca aberta e controlasse uma seringa que lançasse um jato de camomila direto na boca... Acredita que o bebê se acalmaria desse modo? Não é a camomila, não é o remédio homeopático! É o colo da mãe que cura a cólica.

Taubman, um pediatra americano, demonstrou que umas simples instruções para a mãe (tabela 1) faziam desaparecer a cólica em menos de duas semanas. Os bebês cujas mães os atendiam, passaram de uma média de 2,6 horas ao dia de choro para somente 0,8 horas. Enquanto isso, os do grupo de controle, que eram deixados chorando, choravam cada vez mais: de 3,1 horas passaram a 3,8 horas. Quer dizer, os bebês não choram por gosto, mas porque alguma coisa está acontecendo. Se são deixados chorando, choram mais, se tentam consolá-los, choram menos (uma coisa tão lógica! Por que tanta gente se esforça em nos fazer acreditar justo no contrário?). Tabela 1 – Instruções para tratar a cólica, segundo Taubman (Pediatrics 1984;74:998)
1- Tente não deixar nunca o bebê chorando.
2- Para descobrir por que seu filho está chorando, tenha em conta as seguintes possibilidades:
a- O bebê tem fome e quer mamar.
b- O bebê quer sugar, mesmo sem fome.
c- O bebê quer colo.
d- O bebê está entediado e quer distração.
e- O bebê está cansado e quer dormir.
3- Se continuar chorando durante mais de cinco minutos com uma opção, tente com outra.
4- Decida você mesma em qual ordem testará as opções anteriores.
5- Não tenha medo de superalimentar seu filho. Isso não vai acontecer.
6- Não tenha medo de estragar seu filho. Isso também não vai acontecer.

No grupo de controle, as instruções eram: quando o bebê chorar e você não souber o que está acontecendo, deixe-o no berço e saia do quarto. Se após vinte minutos ele continuar chorando, torne a entrar, verifique (um minuto) que não há nada, e volte a sair do quarto. Se após vinte minutos ele continuar chorando etc. Se após três horas ele continuar chorando, alimente-o e recomece.

As duas últimas instruções do Dr. Taubman me parecem especialmente importantes: é impossível superalimentar um bebê por oferecer-lhe muita comida (que o digam as mães que tentam enfiar a papinha em um bebê que não quer comer); e é impossível estragar um bebê dando-lhe muita atenção. Estragar significa prejudicá-lo. Estragar uma criança é bater nela, insultá-la, ridicularizá-la, ignorar seu choro. Contrariamente, dar atenção, dar colo, acariciá-la, consolá-la, falar com ela, beijá-la, sorrir para ela são e sempre foram uma maneira de criá-la bem, não de estragá-la.
Não existe nenhuma doença mental causada por um excesso de colo, de carinho, de afagos... Não há ninguém na prisão, ou no hospício, porque recebeu colo demais , ou porque cantaram canções de ninar demais para ele, ou porque os pais deixaram que dormisse com eles. Por outro lado, há, sim, pessoas na prisão ou no hospício porque não tiveram pais, ou porque foram maltratados, abandonados ou desprezados pelos pais. E, contudo, a prevenção dessa doença mental imaginária, o estrago infantil crônico , parece ser a maior preocupação de nossa sociedade. E se não, amiga leitora, relembre e compare: quantas pessoas, desde que você ficou grávida, avisaram da importância de colocar protetores de tomada, de guardar em lugar seguro os produtos tóxicos, de usar uma cadeirinha de segurança no carro ou de vacinar seu filho contra o tétano? Quantas pessoas, por outro lado, avisaram para você não dar muito colo, não colocar para dormir na sua cama, não acostumar mal o bebê?

Lee K. The crying pattern of Korean infants and related factors. Dev Med Child Neurol. 1994; 36:601-7
Hunziker UA, Barr RG. Increased carrying reduces infant crying: a randomized controlled trial. Pediatrics 1986;77:641-8
Taubnan B. Clinical trial of treatment of colic by modification of parent-infant interaction. Pediatrics 1984;74:998-1003

Do livro Un regalo para toda la vida- Guía de la lactancia materna,Carlos González

Tradução: Fernanda Mainier
Revisão: Luciana Freitas

Fonte:https://www.facebook.com/notes/gravidez-parto-e-maternidade-gpm/a-c%C3%B3lica-por-dr-gonz%C3%A1lez/152374598230576

domingo, 6 de outubro de 2013

Calendário da gravidez

O link abaixo traz um site muito legal que monta um calendário da gravidez, mostrando dia a dia o desenvolvimento fetal e a marcação de semanas. É fácil de usar e pode ser impresso. 
Divirtam-se!







http://bebes.clix.pt/calendar/calendar.asp?ction=calc&option=1&day=3&month=7&year=2007&period=28&submit1=Gerar+Calend%E1rio.htm

Bebês mais inteligentes






O poder do peito: A amamentação é o principal estímulo ao bebê, sem falar do bem que faz à saúde dele. O contato físico durante o aleitamento desencadeia reações vitais ao desenvolvimento afetivo, emocional e mental dele. Nos Estados Unidos, pesquisas mostram que crianças que mamaram no peito têm Q.I. mais alto. Por isso, se for possível, amamente.

Olhos nos olhos: Quando estiver amamentando ou conversando com o bebê, olhe nos olhos dele. A criança nasce preparada para enxergar a mãe desde as primeiras mamadas. É quando registra sensações e começa a construir a memória.

Língua de fora: Além de o rosto humano ser atraente para o bebê, estudos revelam que nos primeiros dias a criança já pode imitar o que vê - ou seja, dá conta dos desafios iniciais.

Gestos que falam: A criança faz a leitura do corpo e da expressão dos adultos que a cercam. Por isso, é importante demonstrar os sentimentos. Um simples beijo estalado gera a conexão de milhares de neurônios.

Música, maestro!: Cante canções de ninar, invente uma musiquinha ou coloque uma para o bebê escutar. Já existem estudos comprovando que ouvir música clássica (se toda a família curtir o programa, claro) contribui para o aprendizado da matemática.

Fralda com graça: Transforme a troca de fralda em diversão pura. Leves toques na barriguinha e no bumbum podem despertar o sentido do humor. Mas fique atenta: cara feia ou beicinho indicam a hora de parar.

No maior papo: Fale com ele sobre o tempo, sobre a alegria de tê-lo na sua vida, sobre o que ele quer fazer a seguir - enfim, sobre qualquer coisa, mas fale. Durante a conversa, a criança começa a perceber a melodia e o timbre da voz. Faça pausas entre as frases para o bebê aprender que há um momento para falar e outro para ouvir.

Vamos passear: Outros rostos, sons e cores da rua despertam naturalmente a curiosidade do bebê. Mas cuidado com a quantidade de estímulos para não deixá-lo agitado demais.

Farra no banho: Aproveite o momento em que o bebê se delicia batendo pés e mãos na água e vá dizendo o nome das partes do corpo. Assim você o ajuda a ampliar o vocabulário.

Espelho, espelho meu...: Por volta do quinto mês, o bebê se encanta ao se ver no espelho, mas ainda não se reconhece - o que vai ocorrer a partir de 1 ano. Mesmo assim, desde cedo brinque com ele em frente ao espelho e mostre "novidades" como o umbigo.

Que cheiro é esse?: Na hora do banho, deixe o bebê sentir o perfume do sabonete. Durante o almoço, aproxime algum alimento para que ele perceba o cheiro. Observe as reações. Esse jogo simples está relacionado ao desenvolvimento das noções mais básicas de prazer e satisfação.

Palmas, beijinhos, tchau: Os códigos sociais podem ser transmitidos desde cedo. Com o tempo, o bebê vai associar cada gesto à sua função.

Espetáculo de luz e cor: Objetos com cores vivas e brinquedos com luzes são uma atração irresistível e um aprendizado garantido.

Esconde - esconde: Primeiro é a fralda cobrindo o rostinho. Depois são os objetos jogados no chão. É o desaparecer e o aparecer, o ir e o voltar - um verdadeiro treinamento para lidar com situações de separação, como a da mãe que sai para trabalhar.

Causa e efeito: Anuncie algumas ações antes de executá-las: "Agora, vou acender a luz" ou "Vou fechar a porta" vão, aos poucos, ensinando ao bebê a relação entre causa e efeito.

Você no caminho: Deite em um edredom e deixe o bebê escalar seu corpo. Ajuda a coordenação.

Toque de carinho: Passe suavemente um retalho de seda ou veludo nos pés ou nas bochechas do bebê. Cada novo contato desencadeia um turbilhão de conexões neurológicas.

Dê nome aos bois... e a tudo o mais: Descreva tudo que vê ou ouve: "Veja a rosa vermelha"; "O cachorro latiu". Facilita a identificação.

Pele sobre pele: Massageie delicadamente braços, pernas e a barriga dele. O contato favorece as sensações de afeto e de segurança.

Balancê, balancê: Movimente o corpo do bebê com suavidade para a frente e para trás, de um lado para o outro. A criança gosta e, se quer continuar, pede mais. Com isso, aprende a reconhecer o que lhe agrada.

Fonte: http://www.10_08.blogger.com.br/

Desenvolvimento do bebê, saltos, picos e tamanhos de roupinhas


O Desenvolvimento dos nossos pequenos costumam causar certo alvoroço e deixar muitas mamães em dúvida... Os picos e saltos são momentos delicados... e os estirões de altura e peso costumam nos deixar confusas quanto aos tamanhos das roupinhas e sapatos.
Segue abaixo algumas informações extremamente úteis!


Tamanho e Peso
IdadeCmKg
20 semanas
25.6 cm
300 g
21 semanas26.7 cm360 g
22 semanas27.8 cm430 g
23 semanas28.9 cm501 g
24 semanas30 cm600 g
25 semanas34.6 cm660 g
26 semanas35,6 cm760 g
27 semanas36.6 cm875 g
28 semanas37.6 cm1005 g
29 semanas38.6 cm1153 g
30 semanas39.6 cm1319 g
31 semanas40.1 cm1502 g
32 semanas42.4 cm1702 g
33 semanas43.7 cm1918 g
34 semanas45 cm2146 g
35 semanas46.2 cm2383 g
36 semanas47.4 cm2622 g
37 semanas48.6 cm2859 g
38 semanas49.8 cm3083 g
39 semanas50.7 cm3288 g
40 semanas51.2 cm3462 g
41 semanas51.7 cm3597 g
42 semanas51.5 cm3685 g
43 semanas51.3 cm3717 g

Tamanho dos Sapatinhos
IdadeNº
3 a 4 meses
14
4 a 6 meses
15
6 a 8 meses16
8 a 10 meses17
10 a 12 meses18
12 a 14 meses19
14 a 16 meses20
16 a 18 meses21
18 a 20 meses22

Tamanho das Roupinhas
TamMesesPesoAltura
RN0 a 13 a 449 a 50
P
2 a 3
5 a 6
57 a 61
M4 a 56 a 7
62 a 63
G6 a 77 a 8
64 a 66
EG8 a 98 a 9
67 a 69
110 a 129 a 10
69 a 71
213 a 1510 a 11
72 a 77
316 a 1811 a 1378 a 82

Tamanho das Roupinhas
TamAnosPesoAltura
21,5 a 213 a 15
82 a 86
4
2 a 3
15 a 17
86 a 95
54 a 5
17 a 19
1,01 a 1,08
66 a 720 a 231,13 a 1,20
108 a 925 a 281,25 a 1,31
1210 a 1130 a 341,35 a 1,41
141238 a 401,44 a 1,47

Saltos de desenvolvimento e Mudança no comportamento dos bebês

  Pico de crescimento: Períodos comuns ocorrem por volta dos 7-10 dias, 2-3 semanas, 4-6 semanas, 3 meses, 4 meses, 6 meses e 9 meses (mais ou menos).  Essas fases interferem no sono dos bebês. Eles ficam irritados, choram a noite toda e mamam sem parar.

 Saltos de desenvolvimento: O bebê come e dorme menos.
 Períodos de crise:
  
× 5 semanas / 1 mês
  
× 8 semanas / quase 2 meses
  
× 12 semanas / quase 3 meses
  
× 19 semanas / 4 meses e meio
  
× 26 semanas / 6 meses
  
× 30 semanas / 7 meses
  
× 37 semanas / 8 meses e meio
  
× 46 semanas / quase 11 meses
  
× 55 semanas / quase 13 meses
  
× 64 semanas / quase 15 meses
  
× 75 semanas / 17 meses

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